Eterno aprendiz
Meu processo educativo escolar iniciou–se aos quatro anos de idade no CSU, Centro Social Urbano, onde estudei durante três anos, mas não me recordo os nomes de professores(as) que tive, lembro apenas que era uma educação pautada na ludicidade e nas relações sociais, não havia uma preocupação com a transmissão de conteúdos.
Finalizando a educação infantil, fui matriculada em 1988, no Colégio Stela Câmara D’ubois para cursar a classe de alfabetização, tinha entre 25 e 30 alunos. Minha professora era Floriza Suzarte Mascarenhas, ela alfabetizava pelo método de ensino baseado na silabação, onde deveríamos dominar o bê-á-bá, presente nas cartilhas.
Nos anos1989 e 1990, estudei a 1ª e 2ª série, com a professora Dalva Correia de Andrade, que foi marcante em minha vida escolar. Era uma professora dedicada, atenciosa entre outras qualidades. A paixão que tinha por ela era recíproca, pois a mesma demonstrava um carinho especial por mim. Nestas séries o processo de aprendizagem criava oportunidades para a construção de diferentes capacidades, habilidades e valores. Acredito que a pró Dalva foi minha motivação para a posteriori ter escolhido o magistério.
Em 1991, já na 3ª série estudei com a professora Maria do Carmo Novaes Gomes, mais conhecida por “Carmem”. Era uma professora rígida e tradicional, priorizava a transmissão de conhecimentos conteudistas, as matérias de estudo baseavam-se na repetição de conceitos e fórmulas. É uma das professoras que até hoje tenho muito respeito e admiração, apesar desse jeito pedagógico “ultrapassado”. Quando nos encontramos, temos liberdade e respeito para comentarmos qualquer assunto, que vão desde os profissionais aos pessoais.
Na 4ª série, em 1992 estudei com a professora Jussiara Lopes de Almeida, chamada de pró “Jussi”. Era uma professora autoritária que assegurava atenção e silêncio constantemente, transmitia os conteúdos na forma da verdade e exigia atitude receptiva dos alunos, impedindo qualquer comunicação. Costumava atribuir castigos aos alunos, inclusive fiquei por duas vezes em pé olhando para a parede porque conversava demais. Éramos avaliados com exaustivas listas de exercício.
De 5ª a 7ª série continuei estudando no Stela com diversos professores entre eles: Justino Sá (matemática), Dâmares (ciências), Laura (história), Carmem (geografia/ a mesma da 3ª série), Dalva de Oliveira (português) quem despertou em mim uma grande afinidade com Língua Portuguesa, já ouvi muitas vezes que eu estava no curso errado e deveria cursar Letras em razão de conhecer e gostar da área de Lingüística. Durante os anos
Na 8ª série, em 1996 fui estudar no IERP, Instituto de Educação Régis Pacheco, com vários professores, os quais destacam: Estela, que lecionava Geografia e demonstrava grande habilidade e conhecimento a cerca da geografia tanto tradicional como moderna, eram excelentes suas aulas. Destaco também Valéria, que ensinava História com entendimento crítico, analisando detalhadamente cada fato histórico e apontando as possíveis intenções além, das disponíveis nos livros didáticos, eram fantásticas as aulas. Destaco ainda, o professor Paulo Gomes de Física, era considerado o “terror”, possuía um vasto conhecimento sobre a disciplina, mas faltava-lhe o ensinar pedagogicamente, isso era motivo de altos índices de reprovação entre 70% dos estudantes, dentre esse percentual estava eu em minha primeira recuperação da vida escolar. Foi terrível, soube que estava na prova final por meu irmão Robson e ao receber a notícia fiquei desesperada e chorei bastante. Depois me dediquei ao estudo da Física e consegui ser aprovada. Que alívio!
De
Essa advertência ou conselho foi fundamental e necessária, a qual sou eternamente grata pela lição de moral que recebi.
Tive minha vida escolar toda pública e que me ofereceu diversificados métodos de ensino e como já comentei, influenciaram minha opção pelo curso de Pedagogia. Considero-o aconselhável para os docentes em exercício na Educação Infantil, pois mediante os estudos que se realizam no decorrer do mesmo temos a oportunidade de conhecer as teorias e os fundamentos do sistema educacional vigente e, sobretudo dão suporte aos princípios científicos e técnicos que temos conhecimento. Estou satisfeita com a escolha que fiz e a cada aprendizagem sobre o fazer pedagógico acredito mais e mais no que faço.
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